Talvez vocês se lembrem de quando eu escrevi um texto sobre o então novo jogo da Mitama, o My Stella Knights. Eu lembro de estar empolgada com o lançamento, pensei que íamos ter um joseimuke legal, visto que, no começo de 2020, esse gênero estava começando a ficar mais popular no ocidente.
Mas é assim: nem tudo dá certo, mesmo tendo tudo para dar. A Mitama pecou muito e, francamente, me convenceu a nunca mais dar uma chance para eles.
O primeiro jogo da empresa, Otogi, lançado por meados de 2016, era bom, com voice acting bem caprichado e os chibis em 3D mega fofos. Mas, como nada dura para sempre, eles começaram a deixar o jogo mais apelativo e competitivo para tentar lucrar mais enquanto eles investiam cada vez menos.
Chibis começaram a ficar mal modelados, o voice acting começou a diminuir até não existir mais, a qualidade da arte também diminuiu (tivemos uma personagem com dois pés esquerdos!) e, o inevitável aconteceu: o jogo parou de ser atualizado. Está lá, funcionando apenas por funcionar, mas sem nada novo.
Quase em seguida, a Mitama abriu o primeiro beta de My Stella Knights, deixando quase todos os fãs de Otogi, no mínimo, estressados. Não tenho prints, mas a quantidade de reclamações sobre o gênero do jogo era de assustar. Gente batendo boca porque eles "não respeitavam o público deles" fazendo um "joguinho de menininha" e olha... desnecessário.
Se o "cancelamento" do jogo antes mesmo do lançamento oficial ajudou a boicotá-lo, a falta de divulgação e a pandemia o deixou no limbo. Em vez de tentarem de novo, eles decidiram focar em um novo jogo, deixando a qualidade de My Stella Knights cair, como ocorreu no Otogi.
Além do fato de a tradução ter ficado confusa dia após dia, os eventos ficaram repetitivos, sempre seguindo as mesmas estruturas: era sempre "algo dá errado, a protagonista vai, junto dos garotos de uma constelação X, investigar uma ilha" ou "experimentos do professor dão errado e agora ela deve batalhar contra os monstros e consertar a burrada sem questionar."
Essa passagem ficou levemente compreensível, até percebermos que ela não tem final. Se ficarem na ilha, vocês vão se meter em... apenas o autor sabe. |
Além disso, nós temos uma quantia enorme de personagens e zero oportunidades de interagir ou conhecer melhor qualquer um deles, seja por eventos ou pela história principal, que foi curta e teve um final até satisfatório, mas aberto. Ganhar uma carta da maior raridade do jogo é quase impossível na evocação e os eventos, além de difíceis, sequer dão uma carta exclusiva ou uma skin legal.
Agora, estamos há mais de dois meses sem atividade e estou me arrependendo de ter investido tempo, de ter divulgado, de ter feito uma fanart do Tsubasa, de ter dado biscoito pra essa empresa.
Uma parte de mim fica se sentindo culpada, afinal, tivemos uma pandemia e eles podem ter entrado em crise, mas, com o crescimento de tantas empresas também chinesas no ano passado e nos últimos meses, fico um pouco na dúvida se não é apenas má administração.
É uma tristeza ver um jogo tão fofo e com potencial ter virado algo tão entediante e que, pouco a pouco, está perdendo os poucos jogadores para outros que estão começando agora, como Tears of Themis, que está me chamando muito a atenção.
De qualquer forma, espero que vocês não tenham começado a jogar por minha causa e agora estejam decepcionados. Meu menino Tsubasa vai continuar com um cantinho no meu coraçãozinho otome, mas que o jogo está tão abandonado quanto a empresa, está.
Obrigada por lerem, esperem uma futura resenha de Tears of Themis e de um anime que estou quase terminando e se cuidem! 💖
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