Sobre experiências

Oi, oi, pessoas! Não precisam fingir que eu não sumi por uma eternidade, porque desapareci mesmo. Afazeres, trabalhos, probleminhas pessoais que estão agora resolvidos ou resolvendo…
Sabe, a verdade é que ainda não caiu a ficha de que esse é meu último ano de escola e estou tentando viver um dia de cada vez. Corri demais e tive um 2018 babaca demais para chegar agora em 2019 e querer fingir que vai ser mais um ano como os outros. Cada manhã que chega eu entro na sala e penso que, ano que vem, nada disso vai acontecer. Que eu não vou mais ver os professores e pelo menos 97% das pessoas que estudam lá, que as rixas entre turmas e turnos vão deixar de existir pra mim, que não vou mais ter 9 crushs das salas ao redor e que a lista não vai mais aumentar…
Que eu estou ficando velha, até um pouquinho antes do tempo.
Sério, vocês devem estar me olhando feio agora, mas a verdade é que a ideia de tomar decisões mais definitivas, como trabalho e faculdade, e de sair tão nova dessa fase – vão ser recém feitos 17 anos – é complicada demais pra eu assimilar. Levei a escola como apenas um fardo insuportável por tanto tempo que agora parece que estudei só esses três anos de Ensino Médio, não doze ao total. É como se eu estivesse ficando adulta antes do tempo, embora não esteja tão adiantada assim. Não tenho metade da maturidade que achei que teria com essa idade e isso está me pesando.
Estamos na metade do ano, praticamente. Eu fiz muita coisa e, ao mesmo tempo, não fiz. Tenho estado sem muito tempo para escrever e desenhar como antes (tanto que perdi a prática), mas, em compensação, tenho conhecido mais pessoas, participado de mais eventos, lido mais livros, me aborrecido com muito mais gente, pois nada é perfeito, e, claro, acabei largando um pouco a vida online de lado, mesmo que eu não tenha realmente desejado isso, até mesmo porque estou sem Wi-Fi, né? Como diabos ia fazer as loucuras de antes, de procurar gifs, ver tutoriais, assistir anime, jogar sem medo e etc. com pacote limitado? Entre não fazer e fazer mal feito, eu escolho não fazer.
Deu uma dor deixar o blog e as pessoas que conheço pela internet de lado? Sim, muita, até mesmo porque aconteceram várias coisas boas (e nem tão boas) que queria ter dividido e tive muitas ideias nesse meio tempo, mas nenhuma conseguia desenvolver por falta de tempo ou cansaço, mas não estou 100% arrependida disso, talvez só uns 40%. Sempre quis ter uma vida fora do “faz de conta” (alguém ainda usa essa expressão? Em que século eu vivo?) que fosse interessante e, quando me deram a oportunidade, a segurei com todas as forças.
Acho válido arriscar algumas coisas em prol de um sonho, mesmo que seja pequeno, como querer vivenciar coisas que costumava sonhar acordada sobre, como estar em um lugar onde não me sinto insegura só por estar presente. Talvez só me sinta insegura por uma pessoa ou outra, mas nada tão grande como a gratidão por ter arriscado algo novo.
Na verdade, você não tem que sentir vergonha de um sonho, de algo que vai te fazer feliz e que não vai ferir outra pessoa. De verdade, aproveita esse restinho de ano (vai por mim, quando passar de Agosto, o ano vai voar) e aposta naquilo que vai te fazer feliz, mesmo que não seja tudo aquilo que você esperou, afinal, como ia saber antes de tentar? Fiz isso esse ano e, embora tenha me decepcionado muitas vezes, as coisas estão fluindo bem.
Não estou muito confiante da qualidade desse texto, até mesmo porque realmente perdi a prática, mas de vez em quando, preciso colocar as coisas mais legais para fora, não apenas as ruins, alugando o ouvido dos meus amigos (que são incrivelmente pacientes, de verdade). Acho que é apenas isso, nem tudo precisa ter sentido, principalmente quando se trata de mim!
Cuidem-se, minhas criaturinhas, e até a próxima, que, se tudo der certo, vai ser bem em breve. 💖