Nunca foi segredo que a crise dos 20 anos estava batendo na minha porta antes mesmo dos 20 anos chegarem. Na verdade, desde que saí do Ensino Médio, eu tenho estado nesse limbo onde não tinha 100% de certeza de nada do que estava fazendo, apenas sabia que queria fazer alguma coisa. Difíceis dilemas para uma cabecinha como a minha.
Algumas coisas funcionaram: em 2021, consegui entrar na faculdade, e, esse ano, virei estagiária de Marketing, mas não antes de ter sofrido um incidente horrível com a chuva, onde, em poucas horas, perdemos o que levamos anos para conseguir. Ainda é um assunto bem delicado para mim, pois as feridas físicas já cicatrizaram, mas as psicológicas ainda estão bem frescas. Dá um orgulho de ter conseguido um trabalho numa área que gosto, e pretendo falar mais disso no futuro, mas é estranho como ficou "atrelado" a algo tão pesado em minha vida.
Desde então, com o semestre caótico na faculdade, início de estágio e a cabeça totalmente fora do lugar, descanso era raro e, geralmente, tomado com muita culpa. Acho que já tá meio clichê nesse blog o quanto que, quando as coisas apertam, as primeiras partes da minha vida a serem jogadas pelo ralo são as de lazer. Meu post de fim de ano de 2021 falava exatamente sobre isso; o de 2022, sobre tentar evitar a exaustão; e cá estou, em 2023, no mesmo dilema. Será que eu cresci de lá para cá?