Olá, olá! Como estão? Hoje eu digo, com todos os detalhes e com toda a emoção do mundo: quem vos fala é graduanda do tecnólogo em Sistemas da Computação da UFF! 🥳🎉
Passei pelo Consórcio Cederj e, desde antes do dia da prova até agora, tudo tem sido uma aventura até surreal. Com tantos imprevistos e problemas, eu não pensei que passaria, muito menos que teria nota máxima na redação. Foi uma surpresa enorme, demorou dias para acreditar, mas foi muito gratificante.
E é sobre isso que queria falar. Sobre vestibulares, sobre ser ou não ser universitário, sobre seguir seus sonhos ou seguir a manada e sobre a pressão, direta ou indireta, pra fazer uma faculdade.
No Ensino Médio, dependendo da escola que estudamos e da nossa família, faculdade é um tema bem frequente. Estudar era o "caminho certo", mas, ao mesmo tempo, era o mais longo e cheio de incertezas. Minha cabeça estava cheia de dúvidas que aposto que todos que fazem ou querem fazer faculdade já tiveram: e se eu não conseguir entrar onde quero? E se eu não me adaptar? E se faculdade não for pra mim?
Esse era um dos meus maiores medos, tanto que só fiz vestibular dois anos depois de terminar o Ensino Médio e fui, por um bom tempo, a garota que não fez Enem e a que não entrou na faculdade, com gente até tirando sarro com a minha cara. Vi muita gente entrar na universidade dos sonhos, mas teve quem entrou em cursos que não queria, em faculdades incrivelmente longes de casa, tudo isso apenas pra não se sentir excluído.
Muitas pessoas levam a competição do vestibular para fora da prova e transformam uma nota em valor pessoal. Ser ou não ser capaz de passar, encarar os estudos, entrar na faculdade mais bem conceituada pode te incluir ou te excluir de grupinhos, te dar ou tirar prestígio... várias vezes percebi que já não era mais sobre realizar um sonho, e, sim, uma guerra de quem era melhor ou pior.
E, pasmem, ou, talvez, nem pasmem tanto assim: depois que eu passei, nenhum dos bonitos que tiraram sarro de mim voltaram pra falar nada. Mais um motivo pra dizer que toda essa correria desenfreada é só ranking pessoal para se engrandecer e que isso deve ser ignorado.
Durante 2020 inteiro, fiquei considerando a ideia de começar uma faculdade por achar que eu conseguiria ficar feliz e em paz comigo mesma se conseguisse cursar algo. Queria muito poder ter uma qualificação, mas queria mais ainda poder viver alguns momentos de escola de novo, principalmente depois dos pequenos grandes desastres que aconteceram no meu último ano do Ensino Médio.
Pode parecer doideira para alguns, mas muitos têm essa visão distorcida de ensino superior (e de qualquer curso, no geral). Você não vai estudar só o que quer, vai ter matérias que você não vai gostar tanto, é desgastante e, mesmo sendo maioria adultos, pode sim ter alguém tão chato e tão desinteressado como aquele seu colega do Fundamental (experiência própria!)
Não estou querendo desencorajar ninguém, pelo contrário, quero muito que possam fazer o que vocês gostam e que vai ajudar no futuro, mas, antes, se informem! Veja polos próximos da sua casa (se houver, claro), horários, matriz curricular, lugares para estágio, tente não ser pego de surpresa. A cobrança é maior e, muitas vezes, você pode acabar tendo que se virar sozinho boa parte do tempo.
E, se mesmo assim não for o que você pensou ou se não se adaptar, não sinta vergonha de trancar e tentar outra coisa. Pior do que experimentar até achar o que combina com você, é fazer por fazer e sentir que não valeu a pena (ou pior: que perdeu tempo ou até mais que isso).
Sei que o Cederj não é muito conhecido ainda, mas, cariocas, deem uma olhada, vale super a pena, são muitas licenciaturas, mas tem tecnólogos e bacharelados de várias áreas, e todos em sistema semipresencial. Infelizmente não existe uma iniciativa assim na maioria dos outros estados, mas cruzo os dedos para isso se expandir pelo país todo.
Enfim, a vida acadêmica, com certeza, não é um filme de comédia romântica onde os protagonistas surpreendentemente não estudam (que personagem, de fato, estuda?), mas também não é só espinhos. Tudo pode ser uma experiência boa se você tiver uma mente aberta, paciência e muito planejamento, ainda mais nessa temporada obrigatória de EAD.
Desde que seja realmente seu sonho e que vá te trazer conhecimento, oportunidades e alegria, leitor, se joga de cabeça nos estudos, e, como diz Vedo: go get that degree! Mas, enquanto tiver aquela pitadinha de fazer pelos outros e no tempo dos outros, é melhor repensar. A vida não tem um molde pra todos seguirem e a vida acadêmica pode não ser a melhor decisão para todos, e tá tudo bem se for esse o caso.
Enfim, obrigada por lerem e espero que tenham gostado do texto. Por aqui, pretendo continuar descansando nessas férias merecidas e, em breve, mudar uma parte da identidade do blog (perceberam alguma mudança na minha assinatura? Será que vem aí? O que vem aí? Suspense no ar! 👀)
Até a próxima, gente, apreciem a estética de faculdade publica da imagem da postagem e continuem se cuidando! 😷💕
Oi amiga!
ResponderExcluirEu realmente fiquei muito feliz quando soube que você havia passado no vestibular e gostaria de parabenizá-la mais uma vez, pois o caminho para se tornar universitária não é fácil, temos muita pressão de todos os lados, inclusive de nós mesmos. A vida acadêmica também não é um mar de rosas, mas nós vamos tentando trilhar esse caminho da melhor forma possível. 😄
Ah... amei a estética da foto 💖
AAAAAAAAAAAAAAAAAA obrigada! 💕🥺 Realmente tem muita pressão, mas a gente continua até o final, porque é nossa história e a gente quer viver tudo da melhor maneira. ✨
ExcluirE obrigada de novo 😂💖 vou trazer mais colagens assim, então!