Primeiras impressões: Moonlight Lovers

Ué, mas você disse que não ia mais dar biscoito pra Beemoov!

Pois é, a curiosidade matou o gato e tenho que confessar que tenho a alma de um. Estava esperando esse jogo desde a divulgação (como disse no outro post), então era meio que lógico que fosse dar pelo menos uma espiadinha, né? Ainda mais depois de tantos comentários negativos que li sobre ele.

Posso resumir o contexto de Moonlight Lovers dizendo que a história se passa em torno de Eloise, nossa protagonista, que, em seu aniversário de 18 anos, recebe a herança de seus pais: uma mansão, longe da cidade. Mal sabia ela que ia ter um monte de vampiros morando lá, muito menos que teria que ter um laço com um deles.

Personagens

Da esquerda para a direita: Neil, Vladimir, Ethan, Ivan, Eloise, Raphael, Aaron, Beliath, Leandra e Farah

Depois de tanta demora, fiquei meio decepcionada com o fato de a gente não receber todas as rotas de cara. Temos apenas dois personagens por enquanto: Vladimir e Beliath. E totalmente sem previsão dos próximos por enquanto. É muito difícil avançar nessa história, então é pior ainda para conhecer cada um deles, mas só as primeiras impressões te dão uma base do que vai encarar depois.

O Vladimir engana pela aparência. Quem lê o prólogo não imagina a quantidade de grosseria que ele é capaz de fazer só no capítulo 1.

Foi ele quem chegou primeiro na mansão e está lá a dezoito anos, um detalhe importante pra tentarmos entender as possíveis ligações dos pais dela com cada um dos inquilinos, mas é engraçado que não ficamos sabendo disso na rota dele.

Sinto que quem escreveu a trama do Vlad quis focar apenas no amor dele pelo jardim e na paciência dos demais em nos aturar perguntando as coisas, já que ele, diferente do Beliath, não consegue manter um diálogo com nossa personagem sobre sua nova condição.

Algo me diz que é aquele tipo de cara que vai maltratar a Eloise no começo com a desculpa de um relacionamento passado que não deu certo ou por medo de se decepcionar e que "vai mudar depois". Em outras palavras, é uma rota complicada. Certeza que vou pegar o final normal ou até mesmo o final ruim.

O Beliath é exatamente o oposto do Vlad (ufa), tratando a Eloise com um pouco mais de humanidade, mas com uma série de cantadas e cumprimentos bestas, como o típico personagem galinha de otome game. Não é a coisa mais cômoda, mas ainda é melhor que grosseria.

Nessa rota, pelo menos até o final do capítulo 1, a protagonista parece ter mais resistência (e sensatez) e tem só uma meta: fugir e chamar a polícia. A mulher é realmente determinada em conseguir o que é dela!

Não tenho muita coisa a dizer sobre ele ainda, mas creio que essa rota tem mais potencial que a outra pelo simples fato de que Eloise é mais firme, conseguindo esquivar, fugir e dar um olé para conquistar o que é seu por direito e a única coisa que restou de seus pais. Além disso, os diálogos fluem mais naturalmente, o que é um ponto mais que positivo.

Quanto aos demais, só tenho uma coisa a dizer: quero a rota do Raphael na minha mesa pra ontem. E talvez a do Ivan também, porque ia amar ver ele consertar a cagada que ele mesmo fez.

Jogabilidade

Agora é hora de xingar até a quinta geração do pessoal da Beemoov!

A gente tem direito a exatos 17 diálogos por dia e correndo risco de termos apenas a Eloise refletindo sobre coisas bobas ou a frases cortadas pra gerar efeito. É realmente irritante, até mesmo porque não podemos acumular pra jogar tudo de uma vez só e ter uma experiência legal, muito menos usar os pontos de ação de uma rota na outra. São 510 pontos por dia e nunca passará disso, a não ser que você queira levar uma facada no Banco. É um jogo bem caro! Vou fazer uma comparação com o Amor Doce, outro jogo que achava mercenário até Moonlight Lovers aparecer na Terra.

No Amor Doce, 500 pontos de ação custam 10 reais e equivalem a 250 diálogos.
No Moonlight Lovers, 2400 pontos de ação custam 16 reais e equivalem a 80 diálogos!!!

Posso dizer até que tentaram compensar com uma trilha sonora boa, o que é verdade. mas não tem porque criar trilha sonora se não conseguimos ficar mais de 5 minutos no jogo diariamente. Podiam ter usado a cabecinha.

Os gráficos não são ruins, mas fica bem claro que são feitos por duas pessoas, e de fato são. Isso é um ponto negativo, afinal, às vezes fica visível as diferenças entre os traços dos personagens, só comparar o Vladimir e Eloise aos demais e conseguimos perceber esse problema.

Veredito final

Ok, agora me senti uma juíza.

O jogo não é exatamente ruim. Mas também não é bom.

Não é aquele tipo de jogo que me faria fechar a guia correndo na hora, pois tem uma interface boa, um roteiro legal e alguns personagens ótimos que amei, vulgo Ivan e Raphael, mas também não é um jogo que eu investiria meu tempo, muito menos meu dinheiro, até mesmo porque é realmente muito caro.

Caro demais pra ser um jogo que o servidor pode fechar qualquer dia, que pode ter bugs, que pode ter a história virando de cabeça pra baixo de uma hora pra outra (quem joga Eldarya sabe do que tô falando). Se fosse um otome game como muitos outros onde a gente compra de uma vez e joga livremente, ia ser milhões de vezes melhor.

A gente percebe uma dedicação da empresa, afinal, tem música, animação, dois artistas e uma equipe até que grandinha, tudo custou dinheiro e eu sei. Mas esse jeito de tirar o prejuízo foi um tiro que saiu pela culatra.

Acho que ainda dá pra Beemoov voltar atrás. Mas eles nunca voltam, então o jeito é se conformar ou esperar que um milagre aconteça. Eu vou continuar jogando, mas totalmente sem grandes esperanças. Espero que não acabem fazendo as demais rotas tão estranhas como as que temos agora.

E é isso. Talvez um dia eu volte para dar minha opinião sobre os personagens que quero. Até outra post! 💕