Resenha: Guardiãs do Kpop é mais que uma “animação de meninas”

20/07/2025
Capa do filme Guardiãs do Kpop, mostrando o banner da tour das Huntrix, grupo musical de K-pop das caçadoras, e as três posicionadas na frente, com trajes pretos.

Descobri Guardiãs do K-pop através dos anúncios do Spotify e meu primeiro pensamento foi que coisinha fofa!, afinal, não é todo dia que a gente ouve meu pequeno guaraná na letra de uma música. Os personagens eram bonitos, coloridos, e Soda Pop é 100% chiclete.

Foi só quando pesquisei o nome do filme que percebi o tamanho do fandom, o número de artes de fãs, de pessoas engajadas e, principalmente, o quanto a premissa era interessante e genuinamente boa. Fantasia, animação, música, protagonista feminina e homens bonitinhos são as minhas coisas favoritas, e o filme entrega tudo isso e mais um pouco.

Num universo ameaçado por demônios, surgem caçadoras que protegem as pessoas com o poder da música. Tais trios musicais perduram por anos, e, na a atualidade, Rumi, Mira e Zoey são estrelas do grupo K-pop HUNTR/X (Huntrix) enquanto usam suas vozes e poderes para manter a barreira que separa os demônios da Terra. Porém, a boyband Saja Boys entra em cena, e, além de arruinarem seus planos para a proteção do mundo, tiram das três coisas valiosas, como a união entre elas.

Relaxem, pois, onde tiver spoilers, eu vou colocar avisos. Considero spoiler tudo o que não é revelado nos primeiros minutos do filme, e que não está na sinopse.

Aconteceu muita coisa em 2024

01/06/2025
Colagem de uma foto de um ursinho de pelúcia num fundo florido, com a frase "É necessário ter coragem para ser vulnerável" escrita em inglês ao lado.

Nossa. E põe coisa, nisso.

Eu fiz vários rascunhos para falar de 2024. Foi um ano que começou me dando tantas esperanças, que nunca pensei que quase me perderia no final dele. Não imaginei que encararia uma sobrecarga gerada pela soma (ingrata, devo dizer) de trabalho e faculdade, que teria uma crise de estresse, que perderia amizades, que enfrentaria o luto, que me olharia no espelho e perguntaria Beatriz, que droga você está fazendo? com muita, muita frequência.

O ano não foi de todo ruim, mas foram poucas as coisas que eu, de fato, consegui fazer. Os três primeiros meses foram bons: consegui minha efetivação no trabalho, comecei a procurar locais (online ou não) confortáveis e hábitos melhores, e estava com tudo organizado para puxar as matérias certas do curso para me formar. Infelizmente, não consegui me formar, o que me deixou bem triste. Estudar e trabalhar ao mesmo tempo exige demais, principalmente porque, no meu caso, é tudo no computador. Meu tempo de tela chegou a passar de 12 horas por dias seguidos, e nem preciso dizer o quanto eu estava ficando maluca com isso.

A pior sensação da faculdade em 2024 foi a que, mesmo que eu passasse horas estudando, ia cair uma questão mal formulada valendo cinco pontos e acabaria errando. E isso aconteceu várias vezes, tanto que infelizmente reprovei duas matérias no primeiro semestre, mesmo com todo o sacrifício. Além disso, tentei começar o TCC, mas tive um orientador horrível. Ainda bem que desisti e deixei para este ano (mas aí é spoiler!)

Memórias póstumas de Eggbug: o fechamento do Cohost

16/09/2024
Imagem de abertura do site Cohost, antiga rede social de microblog. Nela, da esquerda para a direita, vemos o logo da rede, e, à direita, vemos a mascote, Eggbug, um insetinho desenhado de maneira simples, de corpo magenta, dentro do corpo de uma publicação. Ao redor, elementos visuais que remetem à identidade da rede.

2024 está sendo um ano difícil para redes sociais. Tomadas por robôs, divulgações de produtos e promoções, conteúdo questionável e, agora, a nova moda: Inteligência Artificial. Muitos artistas são contra, pois tais algoritmos treinam com trabalho feito com amor (e até peças comissionadas!) para fazer imagens de forma simples para quem acredita que a arte precisa ser sempre gratuita.

Quando fiquei sabendo da venda dos dados dos usuários do Tumblr para treinamento de um modelo de IA, e que isso foi, provavelmente, feito antes da divulgação oficial, decidi que era hora de me aventurar em um lugar novo. Dentre tantas alternativas citadas, foi o Cohost que escolhi, totalmente influenciada pela mascote mais fofinha e inusitada, o pequeno Eggbug.

O Cohost possuía uma proposta diferente das redes populares: sem algoritmos e curtidas invisíveis, era a desconstrução do que era o habitual para mim. Uma rede construída por gente que queria inovar, para gente que queria sair da mesmice. E lá estava eu!